O estudo foi efectivado pela Marktest a pedido do eurodeputado Francisco Guerreiro, do grupo Verdes/Aliança Livre Europeia, havendo sido entrevistadas cerca de 1500 pessoas, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, com o escopo de indagar da opinião da população lusa relativamente a uma eventual implementação do Rendimento Básico Incondicional em Portugal.
O estudo explicitado demonstra que 76% dos inquiridos são a favor da implementação desta medida social e económica em Portugal, considerando a maioria outrossim que, seria benéfico avançar, primeiramente, com a realização de uma experiência piloto que possibilitasse um amplo debate público nacional, bem como, o apuramento do respectivo impacto a nível municipal ou regional.
O contexto socioeconómico português (agravado pela pandemia) encontra-se reflectido nas opiniões expressas, onde se destacaram como capitais benefícios referentes a uma medida desta ordem, a contribuição para o pagamento de necessidades básicas para as quais existem dificuldades de pagamento, uma maior independência financeira e um impacto tremendo ao nível da Justiça Social, concordando largamente que em comparação ao RSI, o RBI seria mais eficaz quando se está à procura de emprego, pois o RSI pode estimular a permanência no desemprego (além de se sublinhar que muitas das pessoas que têm direito a um RSI não o recebem).
Por fim, cumpre salientar a clara predisposição dos portugueses para a adopção de comportamentos mais sustentáveis, caso um rendimento como o RBI venha a ser implementado, com cerca de 59% dos indivíduos a afirmar que passariam a comprar produtos amigos do ambiente, de modo a reduzir o seu impacto ambiental.